Metade dos portugueses quer reduzir gastos na época de Natal

Lisboa, 5 de Dezembro de 2023 – A Netsonda realizou um estudo sobre as “Compras de Natal dos portugueses em 2023”, junto de uma amostra de 1000 inquiridos representativos da população portuguesa entre os 18 e os 65 anos. Este estudo tem como objetivo compreender o impacto da subida de preços registada atualmente em Portugal, nos hábitos de compras e gastos dos portugueses no período do Natal.

Num contexto de incerteza, os portugueses decidiram adiar os planos para o Natal. Enquanto em 2022 61% já estava a planear as compras de Natal no início de Novembro, em 2023 apenas 34% já tinha começado a planear nesta altura, deixando a decisão do que comprar para mais tarde.

Há ainda 5% dos portugueses que consideram só fazer as compras depois do Natal para aproveitar os saldos e 4% dizem mesmo que não vão fazer compras Natalícias este ano.

54% dos portugueses pretendem reduzir este ano os gastos que têm habitualmente com as celebrações natalícias

A intenção de reduzir custos durante a época festiva é expressiva junto a mais de metade da população. Aqueles que pretendem reduzir os gastos, querem gastar menos principalmente em presentes (88%), seguidos de jantares de Natal com amigos/ empresa (46%) e decorações de Natal (44%). Em 2023 há uma maior vontade de reduzir os gastos com os jantares de Natal com amigos/empresa (+5 pp), ceia de Natal/ refeições (+5 pp), e principalmente com deslocações/estadias (+7 pp), do que em 2022.

O preço passa a ser o fator determinante na escolha dos presentes

Em 2023 o preço é o fator que mais vai influenciar a escolha dos presentes contrastando com o fator mais importante em 2022 “comprar algo que sei que a pessoa vai gostar muito”, que este ano passa para 2º lugar. Este aspeto desce ao nível da importância na escolha dos presentes, assim como o estar à venda num sítio conveniente ou ser algo diferenciador.

Ao comparar com o ano passado, 34% pretende efetivamente reduzir o número de presentes que vai oferecer e 51% pretende gastar menos dinheiro nos mesmos.

Neste estudo da Netsonda, os inquiridos revelaram a intenção de comprar, em média, cerca de 8 presentes de Natal e gastar cerca de 218€ no total de presentes.

Tal como no ano passado, roupa ou acessórios é o tipo de presentes que os portugueses mais planeiam oferecer (71%), seguido por livros (49%) e chocolates (46%). No entanto, ao comparar com os presentes oferecidos no ano passado, há uma descida na intenção de compra de todas as categorias de presentes, principalmente de roupa/ acessórios, livros, experiências, como ida a restaurantes, chocolates e decoração para o lar.

Os presentes estarem à venda num sítio onde é cómodo comprar (loja próxima, online) é importante para 7 em cada 10 portugueses. 53% planeia comprar os presentes de Natal tanto em lojas físicas como online e apenas 36% quer fazer as compras de Natal exclusivamente em lojas físicas.

30% dos portugueses perceciona a esfera económico-financeira da sua vida como negativa ou muito negativa e 72% acredita que a inflação alterou bastante ou totalmente o seu poder de compra e rendimento disponível.

Ficha Técnica

Fonte: Barómetro Netsonda, estudo “Compras de Natal dos portugueses em 2023”

Universo

O universo deste estudo é constituído por indivíduos com acesso à internet de ambos os sexos com idades compreendidas entre os 18 e os 64 anos, residentes em Portugal Continental.

Amostra e Modo de Seleção

A amostra de estudo é constituída por 1000 entrevistas com a seguinte distribuição:

• Sexo: Masculino – 48%; Feminino – 52%
• Idade: 18-24 anos – 11%; 25-34 anos – 18%; 35-44 anos – 23%; 45-54 anos – 25%; 55-64 anos – 23%
• Região: Grande Lisboa – 24%; Grande Porto – 13%; Litoral Norte – 19%; Litoral Centro – 15%; Interior Norte – 18%; Sul – 11%.

A seleção dos participantes foi efetuada aleatoriamente, com base no Painel Online de Consumidores da Netsonda, tendo sido efetuada através do método de quotas, tendo em consideração as variáveis: Sexo, Idade e Região.

O erro de amostragem deste estudo de mercado, para um intervalo de confiança de 95%, é de +/- 3.10%.