21 de Fevereiro, 2024

Perto de metade dos portugueses que poupam só consegue amealhar até 100 euros por mês

Estudo revela que em Portugal, 2 em cada 3 pessoas admite que consegue poupar ao final do mês

Lisboa, 21 de fevereiro de 2024 – De acordo com o estudo realizado pela Netsonda para a XTB, sobre os hábitos de poupança e investimento em Portugal, 2 em cada 3 pessoas conseguem poupar ao final do mês. Sendo que destes, 90% indica que consegue poupar até 500 euros por mês e 44% indica que poupa até 100 euros por mês.

Quanto aos objetivos de poupança, para a maioria fazer uma viagem é um dos principais objetivos de curto prazo, seguido da compra de um automóvel. Por outro lado, e em termos de objetivos de longo prazo, a criação de um pé-de-meia e a preparação para a reforma são os dois principais motivos para poupar.

Em termos de perfil, o inquérito realizado pela Netsonda para a XTB demonstra que, mensalmente, são os homens que conseguem poupar mais (53%). Além disso, é entre os 18 anos e os 54 anos que estão as pessoas que afirmam ter uma maior capacidade para poupar, sendo que, dentro deste intervalo, os inquiridos entre os 30 e os 44 anos de idade são quem indica que consegue poupar uma maior quantia por mês.

Entre os inquiridos, 35% revelou não ter capacidade de poupança e as principais causas estão associadas a um elevado custo de vida e a salários baixos.

Pouco mais de metade (56%) dos inquiridos revela que já investiu o seu dinheiro. Por outro lado, dos inquiridos que investem, 2 em cada 5 refere que faz investimentos de forma recorrente, sendo que metade destes são feitos periodicamente, ou seja, pelo menos mensalmente.

Além disso, cerca de metade dos participantes indicou que investe há mais de três anos. Com os investimentos que realizam, para a maioria dos investidores, a prioridade é assegurar preservação do capital investido.

Relativamente aos investimentos, 53% dos investidores que investem recorrentemente indica estar otimista, enquanto 13% admite estar pessimista. Investidores com idades compreendidas entre os 18 e os 29 anos sentem-se muito mais otimistas que pessoas com 45-80 anos.

Em termos de perfil, a maioria dos inquiridos indicou serem conservadores ou muito conservadores nos investimentos. E o ativo mais procurado para onde canalizam as suas poupanças são as contas que rendem juros ou contas poupança.

Os inquiridos revelaram ainda que os investimentos são, sobretudo, realizados e executados através de bancos. No entanto, a maior parte dos investidores prefere confiar nos próprios conhecimentos na hora de investir, recorrendo também aos bancos e às corretoras como fonte de informação para a tomada de decisão em investimentos.

Na hora de investir, cerca de 3 em cada 5 inquiridos indicou que, o valor médio que canaliza para investimentos está entre os mil e os 5 mil euros por ano. Por outro lado, e na atual conjuntura, há uma ligeira preferência pelo investimento em mercados financeiros (55%) face ao imobiliário e há um maior interesse em investimentos a médio prazo – 1 a 3 anos – em vez de curto.

Quanto ao papel da digitalização, cerca de um terço dos investidores admitem ter descarregado uma aplicação móvel no último ano. E, no que diz respeito à utilização da Inteligência Artificial nos investimentos, quase a totalidade dos inquiridos que investem afirmam que nunca realizaram investimentos com base em previsões realizadas por tecnologias como a Inteligência Artificial.

Entre os inquiridos que revelaram não ser investidores, os principais motivos identificados é a falta de capital, o medo de perder o dinheiro que têm e, em terceiro lugar, a falta de conhecimentos. Ainda assim, entre estes inquiridos, 68% admite que já pensou em investir.

 

Ficha Técnica

Metodologia: 1000 entrevistas online, junto da comunidade Netsonda

Target: Amostra representativa da população portuguesa dos 18 aos 80 anos

Trabalho de Campo: 12 a 18 de janeiro de 2024

Universo
O universo deste estudo é constituído por indivíduos com acesso à internet de ambos os sexos com idades compreendidas entre os 18 e os 80 anos, residentes em Portugal Continental.

A seleção dos participantes foi efetuada aleatoriamente, com base no Painel Online de Consumidores da Netsonda, tendo sido efetuada através do método de quotas, tendo em consideração as variáveis: Sexo, Idade e Região.

O erro de amostragem deste estudo de mercado, para um intervalo de confiança de 95%, é de +/- 3.10%.